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Novos auxiliares de creche passam por Programa Inicial de Formação

O projeto tem o objetivo de provocar estratégias que permitam cuidado afetuoso, individualizado e de qualidade

Publicado por: Secom, em: 12/05/17 às 18:14

Por Pattricia Viviane

Cerca de 100 auxiliares de creches que trabalham na rede municipal de ensino de Olinda ingressaram nesta sexta (12) no Programa Inicial de Formação Continuada, promovido pelos assistentes técnicos pedagógicos da Divisão de Educação Infantil da Secretaria de Educação. O projeto quer causar reflexão sobre o papel deste profissional sobre as especificidades da educação de crianças de 0 a 3 anos, bem como apresentar as atribuições de sua função em conformidade com a legislação do Direito da Criança.

Neste primeiro encontro, os auxiliares de creches e pedagogos debateram temas como acompanhamento, orientação, repouso e bem estar das crianças, entre outros. O encontro contou também com a participação da Equipe do Departamento de Merenda, que orientou a respeito sobre os procedimentos para receber os alimentos, a manipulação e higienização da alimentação que são consumidas pelas crianças.

De acordo com o secretário de Educação Paulo Roberto Souza Silva, além de aprender os conceitos gerais sobre as especificidades dessa faixa etária, esta formação tem objetivo de receber bem estes auxiliares e provocar estratégias que permitam ao profissional proporcionar um cuidado afetuoso, individualizado e de qualidade.

“O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos de rotina da creche. Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas capacidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. Sabendo-se que o educar e o cuidar são indissociáveis”, pontua o secretário.

As práticas desenvolvidas entre adultos e crianças de 0 a 3 anos, no contexto Cemei’s – Centro Municipal de Educação Infantil – e creches, são relações humanas permeadas por múltiplas influências. Dentre elas, podemos destacar diversos aspectos interligados, tais como os princípios e valores constituídos em uma esfera cultural, no interior das famílias e das comunidades locais; os movimentos sociais que fortaleceram esta instituição como um local de referência para mulheres trabalhadoras e seus filhos; e, ainda, as contribuições de estudiosos e pesquisadores, que definem tendências teóricas que irão contribuir para a construção dos modelos educacionais adotados.

“Nesse processo de formação promovemos as práticas de educação e cuidados, que possibilitem a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivo/linguísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e indivisível. Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades, integração dos aspectos na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis”, explica Célia Regina Bastos, chefe de Educação Infantil de Olinda.

A partir da Constituição Federal de 1988, que situa a creche como direito da criança, opção da família e dever do Estado, emerge uma preocupação com a qualidade do atendimento, prestado às crianças e famílias da creche, para a promoção da cidadania. Hoje, o município de Olinda conta com 16 creches que atende aproximadamente 800 crianças.

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