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A Prefeitura de Olinda, em parceria com a startup “Ih, Alagou”, realizou nesta quarta-feira (23) o lançamento oficial de um sistema inovador de monitoramento e alerta contra alagamentos. A solução tecnológica, criada por jovens da periferia em colaboração com a Associação Fruto de Favela e a Defesa Civil do município, tem como objetivo proteger comunidades vulneráveis por meio de informações em tempo real sobre riscos de enchentes.
O evento de apresentação do projeto aconteceu no auditório da sede da Prefeitura, no bairro do Varadouro, e reuniu representantes do poder público, universidades, organizações sociais e lideranças comunitárias. Olinda é a primeira cidade a implementar a ferramenta, que foi contemplada no edital COMPET Soluções (nº 37/24), com apoio da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (SECTI-PE).
Durante a cerimônia, a prefeita Mirella Almeida celebrou o protagonismo dos jovens e destacou a relevância da iniciativa. “É motivo de orgulho ver Olinda ser palco de uma ação que une inovação, juventude periférica e proteção social. O sistema ‘Ih, Alagou’ representa o cuidado com quem mais precisa e mostra que nossa cidade está pronta para ser referência em soluções tecnológicas acessíveis e transformadoras”, afirmou.
Segundo o secretário-executivo da Defesa Civil de Olinda, coronel Carlos D’Albuquerque, dez postes com sensores serão instalados em pontos críticos do município para monitorar o comportamento dos rios e emitir alertas imediatos. “O projeto soma-se aos esforços que já fazemos contra deslizamentos e amplia nossa atuação no combate a inundações. Essa tecnologia será incorporada ao Plano Municipal de Redução de Riscos e ao Plano de Contingência, reforçando nosso compromisso com a vida das pessoas”, destacou.
Um dos principais diferenciais do projeto é a combinação entre tecnologia e engajamento comunitário. A equipe da startup foi até os territórios mais vulneráveis, conversou com os moradores e desenvolveu a ferramenta a partir das vivências locais. “Nosso foco vai além da tecnologia — buscamos criar conexões reais com as comunidades. Fomos aos territórios, ouvimos as pessoas, entendemos suas necessidades”, explicou Lucas Leonides, CEO da “Ih, Alagou”.







