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Pela primeira vez na história, Olinda contará com seis representantes na 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, que será realizada entre os dias 5 e 9 de maio, em Brasília-DF. Com o tema “Emergência Climática: o Desafio da Transformação Ecológica”, o evento é considerado um marco preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), a ser realizada em Belém-PA.
A Prefeitura de Olinda será representada por Jean Diniz, diretor de Meio Ambiente, eleito como o segundo mais votado na categoria Governo Municipal. Na categoria Sociedade Civil, o município será representado por Silvania Cabral (Academia Brasileira de Ciências Criminais); pelos Povos Tradicionais e Indígenas, Ariane Gabriele Silva (Yalorixá – Xambá) e Jean Pierre de Lima (Movimento Negro Unificado); pela iniciativa privada, Juliana Kelle de Andrade (Pró-reitora da UNINOVO) e Washington Bezerra Correia (Recicle Brasil).

Todos os representantes olindenses terão passagens e hospedagens custeadas pelo Ministério do Meio Ambiente. Em Brasília, participarão das discussões e construção do Plano Nacional de Meio Ambiente, levando contribuições alinhadas às realidades locais.
“Olinda é um território diverso, com fauna, flora, zonas costeiras e áreas de preservação. Por isso, tem promovido projetos que extrapolam as fronteiras do município, servindo de exemplo no cenário estadual e agora nacional. Nossa presença na conferência reforça esse protagonismo”, destacou Jean Diniz.
Além de integrar os debates, o diretor buscará parcerias junto ao Ministério do Meio Ambiente para captação de recursos voltados ao enfrentamento das emergências climáticas, bem como ampliar a inserção de Olinda em editais e programas federais.
“O nosso objetivo é transformar essas discussões em políticas públicas concretas, de curto, médio e longo prazo, capazes de mitigar impactos ambientais, incentivar projetos sustentáveis e garantir investimentos voltados à preservação do meio ambiente”, reforçou Jean.
Propostas de Olinda aprovadas para a Conferência:
- Implantação de uma política municipal de saúde única, com ações de reflorestamento, compensação ambiental (com árvores frutíferas e não frutíferas), bem-estar animal e recuperação de nascentes nas APAs da zona rural, visando à segurança hídrica.
- Promoção da transparência e da governança participativa nas políticas ambientais, com acesso ampliado às informações públicas, integração entre órgãos federativos, comitês intersetoriais e controle orçamentário com foco nos ODS e participação social.
- Mapeamento e geomonitoramento de áreas vulneráveis, como bacias, encostas e zonas de risco de desastres, com instalação de sistemas de alarme, planejamento urbano preventivo, ações de infraestrutura, campanhas educativas e capacitação técnica.
- Fomento à agroecologia por meio de políticas públicas, assistência técnica, incentivo à agricultura sustentável, sistemas agroflorestais, capacitação de agricultores familiares e estímulo ao consumo de produtos orgânicos, reduzindo o uso de agrotóxicos.