Percurso pedagógico reforçou identidade, memória e o combate ao racismo entre alunos da Escola Municipal Dona Guilmar Barbosa

Compartilhe:

Ouvir a matéria clicar no player

0:00

Em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, a Secretaria de Educação de Olinda promoveu, na manhã desta sexta-feira (14), um tour afrocentrado pedagógico com alunos da Escola Municipal Dona Guilmar Barbosa, localizada no bairro de Aguazinha. 

A iniciativa integra o calendário do Novembro Negro, reforçando a valorização da cultura afro-brasileira e o enfrentamento ao racismo no ambiente escolar.

O grupo iniciou o percurso às 8h30, na Praça do Baobá, em frente à sede do Homem da Meia Noite, símbolo forte da ancestralidade africana na cidade. 

De lá, seguiu para a Igreja do Rosário dos Homens Pretos, templo erguido por irmandades negras, e encerrou o trajeto no Mercado da Ribeira, um território histórico de produção cultural.

Tour Afro-Centrado com estudantes da rede municipal. Créditos: Letícia Freitas/Secom Olinda.

Segundo explicou o coordenador do projeto, professor Augusto Ribeiro, o tour é uma das ações do “Minha História, Minha Cultura, Minha Vida”, que trabalha identidade, história e cultura local ao longo de todo o ano letivo. 

Ele destacou que, no mês de novembro, o projeto intensifica o debate sobre racismo estrutural, recreativo e as formas como ele aparece nas escolas. 

Augusto ressaltou ainda a importância do ato simbólico realizado pelo grupo:

“Também fizemos hoje um abraço ao Baobá, trazendo a existência até os dias atuais dessa árvore milenar que permanece como símbolo da resistência negra.”

Para os estudantes, o percurso não é só uma aula ao ar livre, é uma convocação a pensar o mundo. 

Gustavo Soares, do 5º ano A, resumiu com a simplicidade certeira de criança: “A gente estuda história para mudar o futuro, e no futuro não deve ter racismo.”

Maria Clara, do 5º ano B, contou que o tour a ajudou a compreender melhor a trajetória do povo negro e o quanto essa história faz parte da vida de todos: ela disse que aprendeu sobre “a história do povo negro que foi escravizado e sobre a nossa história, da nossa cultura”.

Tour Afro-Centrado com estudantes da rede municipal. Créditos: Letícia Freitas/Secom Olinda.

Notícia rápida

Categorias