Ouvir a matéria clicar no player
A cidade de Olinda marcou presença na abertura da V Conferência Nacional de Meio Ambiente — “O Desafio da Transformação Ecológica”, realizada em Brasília (DF), na terça-feira (6), levando à pauta a construção de políticas públicas voltadas aos Povos Quilombolas e Comunidades Tradicionais.
Durante reunião com o Secretário Nacional de Territórios e Sistemas Produtivos Quilombolas e Tradicionais, Edmilton Cerqueira, a comitiva olindense, formada por seis representantes, promoveu um alinhamento institucional entre as ações ambientais do município e as diretrizes da SETEQ.
O encontro teve como foco fortalecer parcerias, integrar programas existentes e desenvolver estratégias conjuntas voltadas à sustentabilidade e ao desenvolvimento territorial dessas comunidades.
Também foi discutido a retomada da aplicação do CAF (Cadastro da Agricultura Familiar) em Olinda, passo essencial para o reconhecimento e efetivação dos direitos dos Povos Quilombolas e Tradicionais.
A comitiva olindense é composta por Jean Diniz (diretor de Meio Ambiente do município), Silvania Cabral (Academia Brasileira de Ciências Criminais), Ariane Gabriele Silva (Yalorixá – Xambá), Jean Pierre de Lima (Movimento Negro Unificado), Juliana Kelle de Andrade (pró-reitora da UNINOVO) e Washington Bezerra Correia (Recicle Brasil). A equipe permanece na capital federal até o dia 9 de maio, data de encerramento do evento.

Olinda leva propostas à construção do Plano Nacional de Meio Ambiente
Reconhecida como marco preparatório para a COP 30, que ocorrerá em Belém (PA) em 2025, a conferência discute soluções para mitigar os impactos da emergência climática. Olinda participa ativamente das discussões e apresenta quatro propostas estruturantes, alinhadas à realidade local:
– Criação de uma política municipal de saúde única, aliando reflorestamento, compensação ambiental com árvores frutíferas e nativas, proteção animal e recuperação de nascentes nas APAs da zona rural.
– Promoção da transparência e governança participativa, com maior acesso às informações públicas, integração entre esferas de governo, comitês intersetoriais, controle orçamentário alinhado aos ODS e participação da sociedade.
– Mapeamento e geomonitoramento de áreas de risco, como bacias, encostas e zonas suscetíveis a desastres, com instalação de sistemas de alerta, planejamento urbano preventivo e capacitação técnica.
– Fomento à agroecologia, por meio de políticas públicas de incentivo, assistência técnica, apoio à agricultura sustentável, estímulo ao consumo de produtos orgânicos e redução do uso de agrotóxicos.
As propostas reforçam o compromisso de Olinda com a transformação ecológica e a inclusão social, reafirmando seu protagonismo nas discussões ambientais em âmbito nacional.