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Iniciativa une solidariedade, capacitação e geração de renda para mulheres da rede socioassistencial do município

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A manhã desta quinta-feira (17) foi marcada pela emoção no auditório da Prefeitura de Olinda, com a cerimônia de entrega dos certificados da Oficina de Corações Terapêuticos

A ação, promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, uniu capacitação profissional e solidariedade: as participantes aprenderam a confeccionar almofadas em formato de coração, que serão doadas a mulheres em tratamento contra o câncer de mama.

As oficinas começaram em 3 de junho e ocorreram no CRAS 4 (Peixinhos), CRAS 8 (Varadouro) e na Associação de Moradores de Rio Doce. A entrega dos corações está prevista para agosto, em hospitais e instituições onde ocorre o tratamento para o câncer de mama.

Cuidado que transforma: vínculos, renda e acolhimento

Segundo a coordenadora das oficinas do projeto, Virgínia Menezes, o processo de confecção vai além da técnica. Ele envolve entrega afetiva, acolhimento e empatia. Muitas das mulheres que participaram são mães solo ou de crianças neurodivergentes, e encontraram nas oficinas um espaço de escuta e pertencimento. 

Para ela, os corações são mais que objetos terapêuticos – são carregados de afeto. “Eles são doados para mulheres que passaram por mastectomia e trazem conforto no pós-operatório, mas também transmitem resiliência e solidariedade”, pontuou.

Secretária de Desenvolvimento Social, Andrea Galdino, durante entrega dos certificados. Créditos: Secom Olinda.

A secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Andrea Galdino, destacou o poder transformador do projeto. O primeiro passo, segundo ela, foi mobilizar as mulheres referenciadas pela rede socioassistencial para formar grupos de convivência. 

Esses encontros, além de fortalecer vínculos, permitiram que as participantes compartilhassem histórias de vida, dores e alegrias – e a partir disso, fossem acolhidas de forma mais ampla. “Isso é proteção social: formar laços, reconhecer potencialidades e construir autonomia”, afirmou.

Ela ressaltou ainda que o projeto abre caminhos para o empreendedorismo. Ao aprenderem técnicas de corte, costura e produção artesanal, muitas das participantes podem transformar a oficina em uma fonte de renda. 

A ideia é que cada uma encontre seu propósito e possa seguir com projetos de vida mais autônomos.

Representantes do CRAS 4 (Peixinhos), CRAS 8 (Varadouro) e na Associação de Moradores de Rio Doce durante recebimento dos certificados, Créditos: Secom Olinda. 

Rede solidária e propósito coletivo

A prefeita Mirella Almeida também esteve presente na entrega dos certificados. Ela agradeceu a participação de todas as mulheres e celebrou a rede de solidariedade criada durante a execução das oficinas. 

Para a gestora, é essencial fortalecer políticas públicas que acolham as mulheres em todas as suas dimensões. “Nós, mulheres incríveis, é isso que somos e é isso que conquistamos todos os dias”, declarou.

Certificação do Projeto Oficina de Corações Terapêuticos. Créditos: Secom Olinda. 

Representando o Instituto ABC da Mama, a ativista Sandra Motta, que passou por uma mastectomia, emocionou o público ao falar da importância de pequenos gestos de empatia. 

Ela lembrou que, para muitas mulheres em tratamento, receber um coração como os confeccionados nas oficinas é mais do que um alívio físico: é também um acolhimento emocional. “Esse coração não é só um coração. Ele é um abraço”, definiu.

Valéria Silva, conhecida como Lela Barros, representante do projeto Fazer o Bem Sem Olhar a Quem, destacou o impacto coletivo da iniciativa. Ela, além de participar, ajudou a mobilizar mulheres da associação e afirmou que a oficina foi, também, uma experiência terapêutica. “Ajudou a nos conhecer, a ouvir umas às outras. Foi um prazer participar”, afirmou.

Corações confeccionados durante as oficinas. Créditos: Secom Olinda.

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