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Você sabe o que é violência obstétrica? Trata-se de qualquer ação ou omissão que cause sofrimento físico ou psicológico à mulher durante a gestação, parto ou pós-parto, e que seja praticada sem o seu consentimento ou em desrespeito à sua autonomia. O assunto foi debatido nesta segunda-feira (25), em Olinda, na Uninovo, em Bairro Novo.
O encontro foi promovido pelas Secretarias da Saúde e também da Especial da Mulher da Prefeitura de Olinda. Dentre outros temas, as presentes destacaram que a violência obstétrica pode ocorrer de diversas formas, incluindo violência física, verbal, psicológica, sexual, negligência, discriminação e abuso de procedimentos médicos.
Em Olinda, um dos espaços à disposição para receber a população vítima dessa e de outros tipos de violência doméstica é o Centro Especializado de Atendimento à Mulher Márcia Dangremon (CEAM).
“Conversamos hoje sobre violência obstétrica. É um algo novo e importante dentro das discussões da violência contra a mulher. Precisamos dizer ‘não’ à violência obstétrica. Nós, do CEAM, estamos à disposição para receber qualquer mulher com equipe multidisciplinar para acolher essa mulher e entender a situação dela”, disse Katy Lucena, que está à frente do CEAM de Olinda.
“Dentro daquele daquele atendimento, também recebemos vítimas de violência obstétrica, como qualquer outro tipo de violência. Fazemos todo o processo de acompanhamento, com assistência social, psicólogo, assessoria jurídica e orientações”, acrescentou.
Além da roda de conversa, houve encenação de um tipo comum de violência doméstica, que pode acontecer em uma clínica ou também em casa, com preconceito da família, por exemplo. Em Pernambuco, as leis estaduais Nº 16.499/2018 e Nº 18.437/2023 visam proteger gestantes, parturientes e puérperas da violência obstétrica, estabelecendo medidas e requisitos nos formulários de saúde para identificar sua ocorrência.
“Quando a pessoa passa pela situação, só assim ela entende o que sofreu. Hoje, eu sou enfermeira obstétrica pois queria entender aquela situação e percebi que fui vítima de violência obstétrica”, revelou Joselene Costa, coordenadora da saúde da Mulher de Olinda.





