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Chegou ao fim a série de palestras “Criança não trabalha, criança vai à escola!”, promovida pela Prefeitura de Olinda, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. A ação, integrante da campanha de enfrentamento ao trabalho infantil, impactou mais de 500 estudantes de oito escolas da rede municipal.
Nesta quarta-feira (11), a Escola Dom João Crisóstomo foi a última contemplada com a iniciativa. As demais instituições participantes foram: Escola Monsenhor Fabrício, Escola Dom Bosco (privada), Escola Professora Inês Borba, Escola Brites de Albuquerque, Escola Professor Wilson, Escola Dom Azevedo e Escola Estadual Dom Pedro Bandeira.
Embora as palestras tenham se encerrado, a campanha segue ativa. Nesta quinta-feira (12), será realizada uma ação social na Escola CAIC, com apresentações culturais e diversos serviços ofertados à comunidade escolar e aos pais dos alunos.
O conselheiro tutelar Kiko Guedes destacou o envolvimento das crianças e o alcance além do previsto.
“A gente levou conhecimento e esclarecimentos não apenas sobre o trabalho infantil, mas também sobre outras formas de violência. As crianças participaram ativamente, fizeram perguntas e se mostraram muito interessadas. E nós sempre nos colocamos à disposição para agir, caso qualquer violação de direitos seja identificada.”
“Aprendi que criança não pode trabalhar e que podemos denunciar”
Durante a palestra na Escola Dom João Crisóstomo, os alunos demonstraram grande atenção e engajamento. Cauê Mendes, de 10 anos, foi um dos mais participativos e compartilhou o que aprendeu.
“Aprendi que criança não pode trabalhar, porque isso prejudica a infância, e que podemos denunciar pelo Disque 100, na escola ou falando com o Conselho Tutelar”, revelou.

Ana Clara, também de 10 anos, ressaltou a importância da educação e do conhecimento sobre os mecanismos de proteção.
“A gente tem que estar na escola aprendendo. Eu não conhecia o Conselho Tutelar, mas agora sei que posso chamar para nos proteger”, disse a jovem.

Ações contínuas
Apesar do encerramento da primeira etapa, a Prefeitura de Olinda garantiu a continuidade do projeto, com ações mensais em outras escolas da cidade.
A iniciativa reforça o compromisso da gestão no enfrentamento ao trabalho infantil e na promoção dos direitos das crianças e adolescentes.