Na PE-15 e em Jardim Brasil 2, obras foram autuadas após denúncias de crime ambiental. Uma delas acabou paralisada

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Uma operação integrada entre a Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Semapu), a Secretaria de Gestão Urbana (SGU) e a Guarda Civil de Olinda resultou na identificação de duas obras irregulares com descarte indevido de entulhos, nesta sexta-feira (10). As ações foram realizadas após denúncias de moradores sobre acúmulo de resíduos em áreas públicas.

A primeira ocorrência foi registrada na PE-15. No local, fiscais constataram movimentação de terra e deposição de material no canteiro central da rodovia. O responsável pela obra não estava presente, mas um intermediário informou que ele comparecerá à Secretaria de Gestão Urbana para prestar esclarecimentos na segunda-feira (13). 

Prefeitura de Olinda autua obra por descarte irregular de entulhos em terreno às margens da PE-15. Créditos: Letícia Freitas

 

Equipes da Prefeitura de Olinda identificam descarte irregular de entulhos no canteiro central da PE-15 e autuam responsáveis pela obra. Créditos: Letícia Freitas

Em Jardim Brasil 2, a equipe flagrou uma construção irregular de primeiro andar em uma residência na Rua Jequié. Segundo a fiscal ambiental Patrícia Mesquita, a obra foi embargada por falta de autorização e por ocupar o recuo frontal, além de bloquear parte da via com entulhos. 

Fiscais da Semapu e da SGU embargam obra irregular em Jardim Brasil 2, após denúncia de descarte de entulho que obstruía a via pública. Créditos: Letícia Freitas

O responsável se comprometeu a remover os materiais ainda no mesmo dia e comparecer à Semapu para tentar regularizar a situação. Caso contrário, está sujeito a multa que pode chegar a R$ 700, dobrando em caso de reincidência.

Durante as intervenções, a Guarda Civil de Olinda atuou em apoio às equipes de fiscalização, garantindo a segurança dos servidores e a integridade das operações.

Cidade gasta milhões por ano para limpar entulhos descartados irregularmente

De acordo com Carlos Soares, diretor interino de Limpeza Urbana, o descarte de entulho em áreas públicas é considerado crime ambiental e gera custos altos para os cofres municipais.

“A Limpeza Urbana tem um custo anual de aproximadamente R$ 4,2 milhões somente com a remoção desse tipo de material, como entulho e terra. Esse valor poderia ser investido em melhorias, como tapa-buracos e revitalização de praças e jardins”, destacou.

Soares explicou que, além das autuações, as obras flagradas sem autorização estão sujeitas a multas e sanções administrativas. Para reforçar o combate a esse tipo de infração, a SGU ampliou o quadro de fiscalização: oito novos fiscais foram contratados e estão sendo capacitados para atuar em campo, junto à equipe da Semapu e à Guarda Civil.

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