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No alto de suas ladeiras, onde a paisagem se mistura aos casarões coloniais, Olinda encanta com a mesma beleza de quando foi fundada em 1535 pelo donatário Duarte Coelho. Cidade de cores vivas e ritmo pulsante, seus 490 anos contam uma história de grandiosidade, onde o passado e o presente coexistem na mesma dança.
Na era colonial, Olinda se ergueu como uma das mais prósperas vilas do Brasil. Seu ouro não vinha das minas, mas do açúcar que adoçava a Europa e enriquecia seus engenhos. Em 1630, as chamas da invasão holandesa tomaram suas ruas, mas Olinda renasceu, mantendo-se firme em sua identidade lusitana e barroca.
No Império, os sinos das igrejas continuavam a tocar sobre um povo que via na arte e na cultura sua maior riqueza. Com a República, veio a modernização, mas sem apagar o traço singular de suas ladeiras históricas. Olinda se tornou, então, um destino de encanto e memória, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial. Suas ruas de pedra são lembretes de outrora.
Seus casarios coloridos guardam segredos e histórias, suas igrejas centenárias revelam fé e tradição, e no horizonte, o tempo parece dançar entre passado e presente. Mas é no Carnaval que Olinda se transforma por completo: frevo, maracatu e bonecos gigantes desenham nas ruas um espetáculo único, onde a cultura popular se faz soberana.
Hoje, Olinda segue viva e pulsante. Entre a história e o presente, entre o sagrado e o profano, entre o frevo e o maracatu, Olinda segue sendo o que sempre foi: um poema em forma de cidade.
Com seus 39 bairros e uma zona rural, Olinda abriga histórias e tradições que ecoam em cada canto. Feliz aniversário, Olinda! Fazer parte da sua história é o nosso maior presente.